Questiono-me às vezes se realmente estou no caminho certo, indo contra essa corrente, então esses dias me deparei com um familiar meu de 13 anos e perguntei se ele estava lendo algum livro ou queria um emprestado, já que compro livros desde meus 11 anos teria algum que não ultrapassasse o limite de sua compreensão. Ele respondeu que não teria tempo, fiquei curioso e perguntei que tantos compromissos teria aquele pequenino.
Espantado, resolvi entender, e perguntei sobre seus gostos musicais e de seus amigos.
-Adoramos rock e pop.
Maravilha pensei eu.
- Quais suas bandas e cantores favoritos? Perguntei com o intuito de compartilhar e aprender informações novas.
- Restart, Fresno, Justin Bieber.
- Sério? Mas do teu grupo de amigos, só você que curte?
- Não
Realmente, me decepcionei com as coisas, essas modas, tudo bem as pessoas precisam disso já que não tem personalidade, são influenciadas por qualquer pessoa que vista uma calça colorida e chame aquilo de revolucionário. Eu sempre pensei que revolução pintar a cara e ir para a rua gritar por direitos.
Acredito que devemos ser fontes de pensamentos críticos, duvidar de tudo que possa ser duvidoso, mesclar música, cultura, costumes para nossa formação, ser influenciado por pessoas com noção da realidade e da vida. Estamos perdidos em um mundo de futilidade e pensamentos comodistas que irritam qualquer pessoa que procure mudança. Acomodados do jeito que estamos, corremos o sério risco de perder todo e qualquer direito, as pessoas já não sabem mais lutar por seus direitos sem agressividade. Um sério problema que perturba muito a questão de direitos é a forma como um direito deve se sobressair ao outro. Os gays querem ter o direito de adotar e uma boa parte dos evangélicos quer ter o direito de ser humanamente melhor que eles.
Jovens cada vez mais alienados, sem uma razão para viver, focos exatamente iguais, escola, faculdade, trabalhar demais, subir na carreira, ter filhos, envelhecer e morrer, somos programados por que deixamos o mundo nos programar de forma errada, da forma de uma concorrência desleal e canibal, onde todos têm de se matar uns aos outros para subir na vida, competição no trabalho e na escola por pessoas que não pensam, e sim que foram programadas pelo dinheiro e poder.
A questão é que temos todas as oportunidades de mudança, dentro de cada um de nós, por mais preguiçoso que seja, existe um revolucionário, isso corre no nosso sangue. Somos brasileiros e ter um espírito revolucionário nesse pais é questão de sobrevivência, já que se dependermos da maioria nossos políticos, viveríamos todos em povoados apenas com água de rio e sem eletricidade.